Divergente, Insurgente e Convergente (Veronica Roth)

04/05/2015

Divergente, Insurgente e Convergente (Veronica Roth)


Divergente, Isurgente e Convergente formam uma trilogia que se enquadra numa categoria de ficção científica pós apocalíptica que nunca me foi muito atraente, mas que, mesmo assim, conseguiu me conquistar. A narrativa é ágil e não muito complicada, típico desse tipo de livro que se torna Bestseller mundial. A leitura é fácil e, mesmo nos momentos onde a DR de Tris e Tobias impera em “Insurgente”, a autora não perde o ritmo.

Confesso que não consegui diluir o final de “Convergente” muito bem ainda. A autora foge de todos os padrões possíveis, logo, mantém a personagem fiel aos seus princípios desde o início até além do fim.

Beatrice Prior é uma divergente, daí o título do livro e da série, uma pessoa que não se encaixa em um comportamento específico da sua facção. Na verdade, ela se encaixa em três delas e, ao longo da saga meio que suicida de Tris, percebemos que pouquíssimas são as pessoas que têm um tipo de comportamento só.

A careta que escolhe a audácia vai ganhando força ao longo do livro, até explodir numa rebelde líder de um grupo de pessoas que não concordam com as ideias impostar pelos governantes. Típico também.

Além de crescer ao longo da narrativa, a senhorita Prior encontra milhares de pessoas em seu caminho, perde entes queridos, mata muitas almas e se torna amiga de poucas. E namorada de um: Tobias.

A visão dupla em “Convergente” não me fez gostar mais do garoto conhecido como “Quatro” dentro da audácia. Desde o início, me pareceu o exato oposto de Tris: enquanto ela se mantém firme num só ideal, Quatro desbrava por caminhos obscuros e inconsistentes que fazem a relação dele com as outras pessoas ficar abalada. Além de não ouvir os conselhos alheios, Quatro é o convencido que gosta de mandar em todo mundo, assim como o pai. Paciência.

É verdade também que ele tem seus momentos de brilhantismo, como é previsível num coadjuvante-meio-principal-mocinho-da-coisa-toda, mas as outras cenas da narrativa ofuscam seu brilho.

Personagens como Caleb, irmão de Tris, Peter, Evelyn e Cara ganham o ar de “humanos”. Nem mocinhos, nem vilões, eles, como todas as pessoas, pairam no limbo entre o bem e o mal.

Veronica Roth conseguiu escrever uma trilogia “fantasiosa” ao mesmo tempo em que manteve a verdadeira face “humana” dos personagens. Um feito relativamente fácil, mas que quase ninguém escolhe arriscar.

0 comentários :

Postar um comentário