Divergente, Insurgente e Convergente (Veronica Roth)
Divergente, Isurgente e
Convergente formam uma trilogia que se enquadra numa categoria de ficção
científica pós apocalíptica que nunca me foi muito atraente, mas que, mesmo
assim, conseguiu me conquistar. A narrativa é ágil e não muito complicada,
típico desse tipo de livro que se torna Bestseller mundial. A leitura é fácil
e, mesmo nos momentos onde a DR de Tris e Tobias impera em “Insurgente”, a
autora não perde o ritmo.
Confesso que não consegui
diluir o final de “Convergente” muito bem ainda. A autora foge de todos os
padrões possíveis, logo, mantém a personagem fiel aos seus princípios desde o
início até além do fim.
Beatrice Prior é uma
divergente, daí o título do livro e da série, uma pessoa que não se encaixa em
um comportamento específico da sua facção. Na verdade, ela se encaixa em três
delas e, ao longo da saga meio que suicida de Tris, percebemos que pouquíssimas
são as pessoas que têm um tipo de comportamento só.
A careta que escolhe a
audácia vai ganhando força ao longo do livro, até explodir numa rebelde líder
de um grupo de pessoas que não concordam com as ideias impostar pelos
governantes. Típico também.
Além de crescer ao longo da
narrativa, a senhorita Prior encontra milhares de pessoas em seu caminho, perde
entes queridos, mata muitas almas e se torna amiga de poucas. E namorada de um:
Tobias.
A visão dupla em “Convergente”
não me fez gostar mais do garoto conhecido como “Quatro” dentro da audácia.
Desde o início, me pareceu o exato oposto de Tris: enquanto ela se mantém firme
num só ideal, Quatro desbrava por caminhos obscuros e inconsistentes que fazem
a relação dele com as outras pessoas ficar abalada. Além de não ouvir os
conselhos alheios, Quatro é o convencido que gosta de mandar em todo mundo,
assim como o pai. Paciência.
É verdade também que ele tem
seus momentos de brilhantismo, como é previsível num coadjuvante-meio-principal-mocinho-da-coisa-toda,
mas as outras cenas da narrativa ofuscam seu brilho.
Personagens como Caleb,
irmão de Tris, Peter, Evelyn e Cara ganham o ar de “humanos”. Nem mocinhos, nem
vilões, eles, como todas as pessoas, pairam no limbo entre o bem e o mal.
Veronica Roth conseguiu
escrever uma trilogia “fantasiosa” ao mesmo tempo em que manteve a verdadeira
face “humana” dos personagens. Um feito relativamente fácil, mas que quase
ninguém escolhe arriscar.
0 comentários :
Postar um comentário