Eldest - Resenha
Terminado o segundo
livro d’A Herança. E a impressão que fica é melhor do que a do primeiro da
série. Nesse, Paolini narrou o crescimento e transformação do cavaleiro de
dragão, de Roran e, também, de outros personagens secundários.
A questão é que o
segundo livro me empolgou. Na verdade, o final foi o que mais me incitou a ler “Brisingr”,
mas, no geral, “Eldest” é uma boa leitura.
A narração melhorou.
Talvez pela mudança de tradutor, talvez por uma evolução do próprio autor.
Ficou mais dinâmica e menos cansativa. Ainda acho que algumas partes poderiam
ser mais elaboradas, mas talvez isso seja apenas fruto da minha relutância em
ler fantasia.
Outra coisa que me deixou
mais entretida foi o foco em Roran. Intercalar as narrações das aventuras dos
dois primos foi um belo jeito de deixar a história menos maçante. É grande sim
e, muitas vezes, cansativo, só que essa mudança de foco fez tudo ficar mais
suportável. Até porque, se fossem mais de seiscentas páginas só com Eragon em
Elesméra, eu demoraria meses para terminar o livro.
Enquanto lia, não
consegui tirar uma comparação da cabeça. O tempo inteiro, tentei perceber as
diferenças na narração de Paolini e Pullman. Talvez por Pullman ser um dos poucos
autores de fantasia que eu li, talvez por ser semelhante mesmo. E, me parece,
que são mesmo muito parecidos. O ritmo frenético em algumas partes, a lentidão
em outras e etc... A diferença que eu notei foi na maturidade da escrita.
Enquanto Paolini é mais “infantil”, Pullman dá um ar de maturidade numa
narração, mesmo sendo infanto-juvenil.
Nesse segundo livro, a
relação entre Eragon e Saphira se intensifica. O amor de Eragon por Arya fica
mais explícito e os desafios que o cavaleiro tem que enfrentar não são mais só
no campo físico. Seus poderes se ampliam, sua percepção também e a sua
sabedoria, muito mais. A diferença entre o Eragon de “Eragon” e o Eragon de “Eldest”
são gritantes. Ele cresceu. Não é mais o garoto que virou cavaleiro do dia para
a noite. Agora, Eragon é um homem. E cavaleiro. Um lutador excepcional. Ele,
finalmente, ganhou a “cara” de herói.
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