A dama misteriosa - Amanda Quick

06/06/2014

A dama misteriosa - Amanda Quick



Ao ler "A dama misteriosa" fiquei com a impressão de que o livro é um daqueles que caem no imenso abismo do "meio termo". Nem bom, nem ruim. Desse modo, não tenho muito o que comentar sobre a história de Emily Faringdon e S. A. Traherne. Mas algumas coisas valem à pena serem mencionadas.

Emily é uma daquelas milhares de personagens que se acham feias, são inseguras, se apaixonam pelo "homem errado" e idealiza o amor verdadeiro sem nenhum tipo de problema. O estereótipo de adolescente boba. Só que com 24 anos. O que, por si só, seria absurdo.

Talvez essa minha visão negativa seja pelo fato de que o livro é histórico e quase nenhum conceito que eu tenha de mundo seja adequado à época em que ele se passa.

Nem preciso dizer que usar o incrível clichê da insegurança feminina me irrita.

Mas um aspecto que eu achei genial da parte da Jayne/Amanda foi como ela apresentou o personagem principal: Simon.

No início do livro eu fiquei com a estranha sensação de que ele era um cafajeste da pior espécie e que ganharia Emily de qualquer jeito. É assim que são os romances água com açúcar. O mocinho fica com a mocinha e eles vivem felizes.

Mas o Simon não poderia ficar com ela.

E aí está a genialidade de Amanda Quick: Ela fez com que eu odiasse Simon Traherne e odiasse Emily Faringdon por ser a idiota que corre atrás dele feito um cachorrinho carente.

Mas, aos poucos, a imagem de cão cruel foi desaparecendo. Gradativamente, Simon vai se tornando apenas um dos mocinhos que não admitem que têm um coração em seu peito.

Uma das poucas autoras que conseguiram fazer com que os protagonistas fossem odiados. Talvez seja por isso que eu insista em não odiar o livro.


B i a n c a  P o n t e s

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