Justiça - pensando alto sobre violência, crime e castigo
O livro serviu sim para alguma coisa. O bendito livro que tanto me fez raiva (lê-lo enquanto faz milhares de trabalhos e estuda para várias provas é torturante) acrescentou diversas linhas de raciocínio sobre o que é a violência e vários outros assuntos que, por mais que pareça assunto dos juristas, é de toda a sociedade. É verdade que eu já havia pensado e discutido a maior parte de todas as hipóteses que o autor apresenta, mas ele expandiu os horizontes. Com mais exemplos, mais dados, só confirmou uma convicção que eu já tinha: Tudo é relativo. E que, em minha opinião, qualquer estudante de direito com o mínimo de massa encefálica, deveria saber.
Mas a questão não é essa. O que me incomodou no autor - Luiz Eduardo Soares - foi a falta de respostas. É verdade que ele diz que tudo é relativo, que é preciso analisar todo o contexto social, econômico, familiar, psicológico, educacional e tudo o mais que você imaginar, para dizer que um indivíduo pode ser levado a praticar um crime.
Defensor fiel dos direitos humanos - o que me irrita um pouco - Luiz Eduardo disserta sobre os motivos que um pobre, que sofre preconceito por ser negro, marginalizado, injustiçado e tudo o mais que pode acontecer de ruim a um homem, tem para cometer um crime. Até aí tudo bem. Concordo que diversos fatores podem influenciar em seus atos, mas o que não me entra na cabeça é como esses mesmos fatores podem justificar TODOS os crimes de TODAS as pessoas consideradas criminosas.
Pensar em alguém pobre, discriminado, com pouca ou quase nenhuma oportunidade é uma coisa. Mas, agora, pensar em alguém rico, com boa educação, bem visto pela sociedade e que usufrui de tudo o que é bom no mundo é outra completamente diferente. O que justifica os crimes cometidos por alguém assim? Nenhuma das pessoas à quem eu fiz essa pergunta me deu uma resposta satisfatória. A maior parte delas foi: Problema mental. O que me leva à acreditar que o ser humano é mesmo podre por natureza.
Não que eu condene os defensores dos direitos humanos – longe disso -, mas é que não acho justo defender todos da mesma forma solidária quando são todos completamente diferentes entre si. Se não dá para defender todo mundo, não defenda ninguém? Talvez. Mas cada casa é um caso, não é mesmo? Generalizar algo tão subjetivo – o que deveria acontecer – está mais longe do que a utopia da paz mundial.
B i a n c a P o n t e s
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