Quando 143 páginas é pouco para um mês inteiro (A garota do calendário – Janeiro)

11/06/2016

Quando 143 páginas é pouco para um mês inteiro (A garota do calendário – Janeiro)


143 páginas, lidas em um só dia de um jeito quase desesperado. Sim, essa foi a minha experiência com “A garota do calendário – Janeiro”, escrito por Audrey Carlan. O que não me surpreendeu, já que o livro é pequeno, a escrita é fácil e o gênero é um dos que eu acho mais fáceis de ler.

Mas tem cenas picantes, Bianca? Tem. Muitas.

Pergunta que não queria calar respondida, vamos ao que interessa.

É um bom livro. É bem escrito, a ideia é boa (Mentira. Achei a ideia da série genial!), os personagens são o tipo de pessoa que o leitor queria ser, tem sexo, tem drama, tem romance... Tem tudo o que um best seller precisa ter para ser um best seller.

Mas...

Sim, também tem um “mas”.

Cento e quarenta e três páginas é pouco para contar o que acontece em um mês inteiro. É menos ainda se formos pensar que tem toda aquela introdução de motivos pelos quais Mia (a protagonista) resolve virar uma acompanhante de luxo e etc. É menos ainda quando se pensa em como foi rápida a transição de Mia-com-medo pra Mia-trepando-que-nem-coelho quando ela nem era obrigada a fazer isso. Ok, quem já leu o livro sabe que teve a história do “se jogar e aproveitar”, mas... Não convenceu. Não se muda a personalidade e nem os sentimentos de uma pessoa em um só dia, literalmente.

Outra coisa que me incomodou no livro foram as peças que não se encaixaram. Só para conseguir ilustrar, vou fazer um breve panorama do início da história:

Nossa protagonista, Mia, está precisando desesperadamente de dinheiro para salvar a sua própria vida, a do seu pai e a da irmã mais nova. Millie, tia da protagonista, oferece a ela um emprego de acompanhante de luxo em sua agência. E a partir daí tudo acontece.

Percebam: Mia precisa de dinheiro, está desempregada e com a corda no pescoço. Mas tem uma moto cara, iphone e apetrechos que, geralmente, pessoas em graves situações financeiras não teriam. Ok, o Iphone pode ser de segunda mão e a moto também (mesmo não sendo mencionado na história). Mas... né. Também não me desceu.

Mais uma reclamação (eu queria dizer que é a última, mas não é) é sobre o lugar em que ela está. Nas primeiras páginas eu não consegui definir bem onde acontece a história, achei que o paralelo que a autora fez de Las Vegas e Los Angeles ficou meio confuso para mim. Mas só no início mesmo e pode ser culpa do meu cérebro também.

O final é previsível. Até demais. Mas eu gostei.  Ao mesmo tempo em que abre um leque de infinitas possibilidades, ele deixa o leitor com expectativas para o fim da série. Sim, da série, não só para o próximo livro.

Outra coisa: eu espero do fundo do meu coração que os personagens sejam mais desenvolvidos (senti falta de uma certa profundidade em Mia e em Wes) e que os conflitos se tornem realmente conflitos e não sejam só um lembrete na cabeça de Mia. Páginas para isso é o que não faltam, com todos os próximos livros da série. Estou muito ansiosa por isso. A história como um todo tem várias vertentes que, se bem aproveitadas, pode ficar sensacional.

Recomenda, Bianca? Recomendo. É um bom livro de um dia só, uma daquelas histórias rápidas que a gente absorve de uma vez, sem precisar pensar demais.

E se eu acrescentar mais alguma coisa aqui posso ser acusada de spoiler, então...

Adiós!

Ps. Lembrando que o lançamento oficial de “A garota do calendário” é no dia 20 de junho.
Ps². Dia 20 é meu aniversário! Aceito presentes. ;)

--
Título: A garota do calendário - Janeiro (A garota do calendário #1)
Autor: Audrey Carlan
ISBN-13: 9788576865063 / ISBN-10: 8576865068
Ano: 2016 / Páginas: 144 
Idioma: português / Editora: Verus 
Gênero: Erótico / Literatura Estrangeira / Romance 
Sinopse: Ela precisava de dinheiro. E nem sabia que gostava tanto de sexo. O fenômeno editorial do ano e best-seller do New York Times, USA Today e Wall Street JournalMia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato.A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil. Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser... Em janeiro, Mia vai conhecer Wes, um roteirista de Malibu que vai deixá-la em êxtase. Com seus olhos verdes e físico de surfista, Wes promete a ela noites de sexo inesquecível — desde que ela não se apaixone por ele.


0 comentários :

Postar um comentário