Resenha rápida - Morte súbita (J. K. Rowling)

06/05/2015

Resenha rápida - Morte súbita (J. K. Rowling)


A realidade é chata. Talvez seja por isso que eu não gostei tanto de “Morte súbita”. Não que eu prefira fantasia, mas... O livro deixa a desejar.

A narrativa é cansativa e o tamanho do livro assusta. Não são muitas páginas quando se gosta, mas, quando o leitor dorme no meio de um capítulo, parece eterno.

Não que a história em si e a lição por trás dela sejam ruins, longe disso. Os personagens são intensos como qualquer ser humano e a busca por alguma vantagem por trás de todas as ações fica clara em todas as páginas do livro. O livro grita o tempo inteiro que, no fim, tudo se resume a um jogo de interesses.

Depois da morte de Barry Fairbother, Pagford explode. E leva todos os seus habitantes juntos. Alguns se preocupam com a cadeira vaga no conselho distrital, outros em conquistar a admiração das pessoas e outros, ainda, estão focados em sobreviver.
Não tem um vilão definido e o único ser inocente na trama é Robbie, de três anos e alguns traumas sofridos em sua curta vida.

Parece crueldade, e realmente é, mas Rowling escreveu o fim previsível e que tinha 90% de chance de efetivamente acontecer. A surpresa não mora do “previsível”, mas sim no “de tão previsível, ficou imprevisível”. Quando acabei o livro, ainda passei alguns dias pensando em Robbie e Krystal. Em Terri e nas pessoas que passaram por eles no decorrer da história. Talvez, apenas a avó Cath e o velho Barry tenham feito algum bem àquela família. Não que tenha feito alguma diferença no final...

Excluindo os óbvios, Kay foi a única pessoa que se sensibilizou e, mesmo assim, não conseguiu fazer alguma diferença na vida dos Weedon. Talvez, a cena final possa ter ficado na mente dos moradores de Pagford para sempre, jogando os resultados do próprio egoísmo na cara dos habitantes de Pagford. Talvez eles mudem o jeito de enxergar as coisas. Eu não acredito nisso.

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