Resenha rápida - Morte súbita (J. K. Rowling)
A realidade é chata. Talvez
seja por isso que eu não gostei tanto de “Morte súbita”. Não que eu prefira
fantasia, mas... O livro deixa a desejar.
A narrativa é cansativa e o
tamanho do livro assusta. Não são muitas páginas quando se gosta, mas, quando o
leitor dorme no meio de um capítulo, parece eterno.
Não que a história em si e a
lição por trás dela sejam ruins, longe disso. Os personagens são intensos como
qualquer ser humano e a busca por alguma vantagem por trás de todas as ações
fica clara em todas as páginas do livro. O livro grita o tempo inteiro que, no
fim, tudo se resume a um jogo de interesses.
Depois da morte de Barry
Fairbother, Pagford explode. E leva todos os seus habitantes juntos. Alguns se
preocupam com a cadeira vaga no conselho distrital, outros em conquistar a
admiração das pessoas e outros, ainda, estão focados em sobreviver.
Não tem um vilão definido e
o único ser inocente na trama é Robbie, de três anos e alguns traumas sofridos
em sua curta vida.
Parece crueldade, e
realmente é, mas Rowling escreveu o fim previsível e que tinha 90% de chance de
efetivamente acontecer. A surpresa não mora do “previsível”, mas sim no “de tão
previsível, ficou imprevisível”. Quando acabei o livro, ainda passei alguns
dias pensando em Robbie e Krystal. Em Terri e nas pessoas que passaram por eles
no decorrer da história. Talvez, apenas a avó Cath e o velho Barry tenham feito
algum bem àquela família. Não que tenha feito alguma diferença no final...
Excluindo os óbvios, Kay foi
a única pessoa que se sensibilizou e, mesmo assim, não conseguiu fazer alguma
diferença na vida dos Weedon. Talvez, a cena final possa ter ficado na mente
dos moradores de Pagford para sempre, jogando os resultados do próprio egoísmo
na cara dos habitantes de Pagford. Talvez eles mudem o jeito de enxergar as
coisas. Eu não acredito nisso.
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